Dados do governo espanhol apontam existência de 1,8 mil prostitutas brasileiras no país e 32 rotas de tráfico de mulheres. Muitas usam Portugal como porta de entrada e praticamente todas chegam ao continente com documentos falsos. O número de brasileiras é tão grande que algumas chegam a cargos de chefia em associações locais.
Algumas chegam a montar casas de prostituição. Em Zurique, um edifício de três andares no bairro do Paquis é ocupado por 40 brasileiras. Elas pagam aluguel simbólico pelos quartos e têm alimentação no local - uma cozinheira baiana garante feijoada aos sábados. Mas são obrigadas a deixar pelo menos metade do que recebem nas mãos da dona, um travesti.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o tráfico de pessoas para exploração sexual transformou-se num dos negócios mais rentáveis do mundo - US$ 28 bilhões por ano. Nas próximas semanas, uma campanha suíça combaterá o tráfico de latino-americanas. Segundo a imprensa local, elas estariam sendo contratadas por R$ 100 mil para casar com supostos terroristas de Bangladesh para garantir-lhes visto. A denúncia foi feita por uma ex-prostituta brasileira.