Uma decisão da Justiça Federal proÃbe oConselho Federal de Educação FÃsica(Confef) e o Conselho Regional de Educação FÃsica da 8ª Região (Cref8) de impedirem a ampla atuação dos profissionais licenciados.A medida, considerada inconstitucional, limitava os licenciados ao trabalho na educação básica, impedindo os licenciados de atuar em hospitais, clÃnicas, academias de ginástica e outros espaços. Clique aqui e veja a decisão na Ãntegra.
O caso foi levado à Justiça pelo MinistérioPúblico Federal (MPF) em outubro do ano passado, pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva. “A lei que versa sobre a regulamentação dos profissionais de Educação FÃsica, qual seja, a Lei nº 9.696/1998, não determina qualquer forma de discriminação entre os licenciados e os bacharéis, assim como não estabelece uma categoria de egressos voltados somente para a educação básica e outra categoria que abarque os demais ambientes de atuação desses profissionais”, registrou o procurador na ação.
O juiz Frederico Botelho de Barros Viana explicou, na decisão liminar, que “não havendo expressaprevisão no texto da Lei n° 9.696/98 que autorize os conselhos profissionais a limitar o campo de atuação do profissional a depender de sua formação acadêmica, tal restrição de direitos é indevida”. A decisão, publicada no dia 31 de janeiro, é valida para todo o Pará.
Segundo Marta Genú, coordenadora do curso de Licenciatura em Educação FÃsica da Universidade do Estado do Pará (Uepa), a decisão “representa um ganho acadêmico e expressa nossa defesa em nome da formação única, em que o conhecimento é sobre a totalidade, e a intervenção é questão de especificidade e metodologia. A partir de agora, a questão legal começa a ter a interpretação devida e esclarecida”, afirmou.
“Este é o inÃcio do ordenamento legal, que se põe ao lado do acadêmico, qualificando a formaçãoinicial em Educação FÃsica e definindo um único perfil pedagógico, o papel do professor de Educação FÃsica. Esse foi um ato inicial dos coordenadores do curso da Uepa, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Escola Superior Madre Celeste (Esmac), preocupados com a garantia de trabalho dos egressos dessas instituições", explica a coordenadora.
Elias Teixeira
18/02/2014