O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) e de outros sete réus no processo que investiga uma suposta tentativa de
golpe de Estado tem movimentado o cenário político nacional. Contudo, a defesa
do ex-chefe do Executivo reforça que não existem provas concretas que sustentem
as acusações e que o processo tem caráter mais político do que jurídico.
Os advogados afirmam que todos os fatos
apresentados pela acusação se limitam a discursos, reuniões e manifestações
políticas, que fazem parte do jogo democrático e estão amparados pela liberdade
de expressão e opinião política garantidas pela Constituição.

Outro ponto destacado é que não houve
qualquer ato armado, mobilização militar ou medida efetiva para tomar o poder.
Para a defesa, falar em golpe sem a presença de ação concreta é forçar uma
narrativa sem base legal.
“Não houve golpe, nem tentativa de golpe.
Houve apenas manifestações políticas dentro do direito democrático. Sem armas,
sem tomada de poder, sem ruptura institucional. Qualquer condenação sem provas
seria uma afronta ao Estado de Direito”, afirmou a defesa em nota.
Juristas próximos ao caso também reforçam que
a presunção de inocência é um direito fundamental de todo cidadão brasileiro e
que qualquer condenação sem provas robustas violaria o devido processo legal.
Para apoiadores, o processo contra Bolsonaro
não passa de uma tentativa de criminalizar a oposição política e de enfraquecer
um líder que ainda possui grande apoio popular em todo o Brasil.
O ex-presidente segue confiante na Justiça e
afirma que sempre agiu dentro das quatro linhas da Constituição. Sua defesa
acredita que, ao final, ficará claro que o julgamento se baseia mais em
disputas ideológicas do que em fatos concretos.
Elias Teixeira