A Polêmica da Licença: Treinadores de Futebol Podem Atuar Sem Registro no CREF
Na última semana, um debate acalorado tomou conta do cenário esportivo brasileiro, especialmente no universo do futebol. A afirmação do presidente da Associação Brasileira de Treinadores Esportivo (ABTE), Elias Teixeira, de que os treinadores de futebol não precisam de registro no Conselho Regional de Educação Física (CREF) para exercer sua função, gerou controvérsia entre profissionais da área e amantes do esporte.
Elias Teixeira, em uma declaração que reverberou por diversas plataformas, destacou que a atividade de treinador, em sua essência, não se limita a regras burocráticas, mas sim à formação prática e teórica adquirida ao longo da carreira. “O treinador é um líder, um mentor. Sua capacidade de inspirar e desenvolver atletas vai muito além de um registro. Precisamos valorizar a experiência e o conhecimento prático que muitos desses profissionais têm”, afirmou.
O posicionamento de Elias Teixeira abre um leque de discussões sobre a regulamentação da profissão e a importância da formação acadêmica versus a experiência de campo. Para ele, a ênfase deve ser dada à formação contínua e ao aprimoramento das habilidades dos treinadores. “Existem muitos treinadores que, mesmo sem um registro formal, têm contribuições significativas para o esporte. O foco deve ser na qualidade do trabalho realizado e nos resultados apresentados pelos atletas”, completou.
A declaração gera reflexão entre os profissionais da área. Enquanto alguns apoiam a ideia de que a experiência deve prevalecer sobre a formalidade, outros levantam preocupações sobre a padronização e a segurança dos atletas. “Um registro no CREF é uma garantia de que o treinador possui conhecimento técnico e ético para lidar com a formação dos atletas”, argumenta Maria Silva, treinadora com mais de 15 anos de experiência e registro ativo.
Além da polêmica, a declaração de Teixeira também lança luz sobre a necessidade de uma discussão mais ampla acerca da regulamentação da profissão de treinador no Brasil. Com o crescimento do futebol e o aumento do número de clubes e equipes, garantir um padrão de qualidade na formação de treinadores se torna cada vez mais essencial.
A ABTE promete promover uma série de debates e workshops com a finalidade de discutir a formação de treinadores no Brasil e a importância de valorizar não apenas a certificação, mas também a experiência prática. “É hora de unir forças e criar um ambiente onde todos possam aprender e evoluir”, conclui Teixeira.
Enquanto a polêmica continua, a comunidade esportiva observa atentamente o desenrolar dessa discussão. Afinal, o que realmente faz um bom treinador? Registro no CREF ou a paixão pelo esporte e a capacidade de inspirar atletas? A resposta pode moldar o futuro da profissão e impactar diretamente o desenvolvimento do futebol no Brasil.
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Quinta 16/01/2025 
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