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Centrais sindicais pedem negociação com Dilma sobre salário mínimo

“Reunimos as seis centrais sindicais – CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, Nova Central Sindical e UGT – e essas centrais resolveram mandar uma carta para a presidente Dilma pedindo que ela abrisse as negociações com as centrais e reivindicando salário mínimo de R$ 580, 10% desse valor em reajuste para os aposentados e a correção da tabela do imposto de renda em 6,47%”, disse Paulinho, em entrevista na liderança do PDT da Câmara. Antes de deixar o governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória estabelecendo salário mínimo de R$ 540 para 2011. “O governo está quietinho, mas se não abrir negociações até segunda-feira as centrais vão entrar com uma enxurrada de ações contra o governo na Justiça”, disse. O argumento para as ações seria, de acordo com Paulinho da Força, a não correção da tabela que, para ele, significa um "confisco" de salários. Nos cálculos do pedetista, o governo teria de se defender de mais de mil ações judiciais, que seriam apresentadas à Justiça por milhares de sindicatos ligados às centrais em todo o país. O deputado explicou ainda que o acordo com o governo de que o reajuste do mínimo teria como base a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto também previa a revisão dos termos após quatro anos. O prazo para uma reavaliação do acordo terminou, segundo o deputado, em dezembro de 2010. Ele afirmou que as centrais não admitirão salário mínimo abaixo de R$ 580 e disse que a MP de Lula será alterada no Congresso Nacional. “Acho que o governo vai perder no Congresso. Vamos contar com a insatisfação da base aliada com a distribuição de cargos no segundo escalão. E se não houver correção da tabela [de imposto de renda] isso será um confisco”, disse. O deputado também reclamou da falta de acesso das centrais e movimentos sociais à presidente Dilma. “Dilma está numa redoma. O governo não deixa chegar nela.” - 'Cachaça' Para o deputado, o aumento do salário mínimo proposto pelo governo, de R$ 3 além dos R$ 540 discutidos, “não dá nem para pagar uma cachaça”. "Nem deveria falar isso, mas acho que o governo começa mal. Colocar o [Guido] Mantega [Ministro da Fazenda] para falar com a gente [centrais sindicais] não dá. O Mantega não tem jeito de falar com o trabalhador", afirmou Paulinho. O descontentamento com o ministro da Fazenda é antigo “desde os tempos de Lula”, como disse Paulinho, e foi ampliado com as declarações de Mantega de que vetaria aumento maior do que os R$ 540. A medida provisória sobre o novo mínimo será a primeira dificuldade de Dilma Rousseff na Câmara e Senado. Paulinho disse que o reajuste defendido pelas centrais é de R$ 580, com 10% desse valor concedido aos aposentados, “O novo salário mínimo a gente vai discutir no Congresso. Se for preciso, a gente lota isso aqui de aposentado e trabalhador.”

 
 
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