no site na web Voltar ao inícioHomePesquisarPesquisarMapa do siteMapa do Site

As risadas do presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anda feliz da vida. Sua candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, está na frente, a economia está 'estabilizada', a Petrobrás descobriu jazidas de petróleo sob as camadas de sal nas profundezas do oceano, não há escândalos que afetam sua popularidade e o Corínthians está voltando para a primeira divisão.

Talvez seja porisso que, na terça-feira (2), deu risadas e fez piadinhas com jornalistas ao falar sobre o escândalo dos grampos, agravado com a descoberta de que coversa entre um senador e o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, estava sendo monitorada por grampos supostamente instalados sob as ordens da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Tudo mais ou menos parecido com o que fazia o Serviço Nacional de Informações (SNI), o 'monstro' bisbilhoteiro criado por Golbery do Couto e Silva, usado na repressão política aos grupos de esquerda que se opunham ao regime militar. Graças a ação do SNI, brasileiros foram torturados, assassinados, exilados, a liberdade foi violentada. Mas para o presidente parece estar tudo bem...tanto que anda dando risadas e disparando metáforas de mal gosto. Veja esta: '(...) É como se acordasse um dia e dissesse que minha mãe nao presta mais e quero outra. Isso não existe. Mãe é única e a Petrobrás é a mãe da industrialização deste País (...)', disparou Lula ao responder pergunta sobre se seria criada uma nova estatal para explorar o petróleo no pre-sal. Que a Petrobrás é uma mãe, todo mundo sabe, já que despeja bilhões de dinheiro aqui, ali e acolá.

Tem competência na área de pesquisa, tecnologia e prospecção de petróleo, mas tem muita competência também no aproveitamento da influência que detém sobre o governo, no daqui e em nos de várias partes do mundo. Já a crise dos grampos é seríssima: violenta a democracia ao ferir gravemente os três poderes, vasculhando ligações telefônicas a torto e a direito, coloca todos os cidadãos, no poder ou fora dele, à mercê da quebra do simples direito de falar ao telefone sem bisbilhoteiros gravando para depois repassar à Imprensa. Quanto a economia, anda estabilizada tanto quanto o edifício São Vito e áreas atingidas por terremotos e furacões. Basta vir uma tespestade mais forte que tudo vai abaixo. Mas o presidente anda dando risada.

Talvez seja porque o Corínthians vai mesmo subir para a primeira divisão. Essa é a única certeza.

 
 
Voltar Topo Indicar a um amigo Imprimir
 
JORNAL SÃO PAULO CENTER  (11) 4395-0925 ou WhatsApp (11) 9-8487-4996