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Não fume... Pense no seu filho!

 Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos de Braga| 2007-05-02
 
A exposição da criança a um ambiente de fumadores é um incentivo ao hábito de fumar. As crianças têm no adulto, principalmente nos pais, o seu ponto de referência para o desenvolvimento dos seus hábitos e atitudes.
 
 
 
Está provado que a exposição da criança ao fumo do tabaco, quer durante a gestação, quer em todas as outras fases da sua vida, lhe provocará consequências nefastas e, por vezes, irreversíveis.

Quais os efeitos do tabaco?
É a mãe que dá, ao feto em crescimento, através da placenta e do cordão umbilical, os nutrientes que lhe permitem viver. A placenta tem, entre outras funções, filtrar substâncias presentes no sangue da mãe, que poderiam ser prejudiciais, no entanto, não filtra tudo. Os químicos tóxicos do fumo do tabaco também passam directamente da mãe para a criança.

A nicotina, do sangue da grávida fumadora, vai provocar na criança várias alterações. Quando a mãe está a fumar, o coração do bebé bate mais depressa e o sangue que o alimenta e lhe conduz o oxigénio, leva alcatrão, agentes cancerígenos, cianeto, monóxido de carbono e menos oxigénio. Pela falta de oxigénio podem ocorrer danos cerebrais.

O fumo do tabaco pode ter muitas outras consequências: alta taxa de mortalidade em recém nascidos, partos pré-termo (antes das 37 semanas de gravidez), abortamentos, malformações fetais, descolamentos prematuros de placenta, pré-eclâmpsia, gravidez ectópica e infertilidade.

De uma forma geral, os filhos de mães fumadoras apresentam menor peso ao nascer, em média, são 250 gramas mais leves e têm menos um centímetro.

Efeitos do tabaco no aleitamento
As mães fumadoras têm diminuição da produção de leite, devido à diminuição da produção da hormona da amamentação (prolactina).

A nicotina também está presente no leite materno. Nestes casos, após cada mamada, o bebé poderá apresentar agitação, choro, vómitos, cólicas e alterações do seu ritmo cardíaco, o que poderá interferir no desenvolvimento intelectual e emocional da criança, assim como levar a istúrbios do comportamento.

As grávidas fumadoras passivas, e não activas, também sofrem as mesmas consequências da exposição ao fumo do tabaco.

O tabaco em casa
Em lares, em que os pais ou outros familiares fumam, as crianças passam a inalar continuamente substâncias tóxicas; ao final do dia podem ter inalado o equivalente ao fumo de um ou mais cigarros.

Os pulmões das crianças são menores e o seu sistema imunitário é menos desenvolvido, o que as torna mais susceptíveis a contrair infecções respiratórias. Como são mais pequenos e respiram mais aceleradamente do que os adultos, as crianças inalam com a respiração um volume maior de substâncias perniciosas por unidade de peso.

As crianças têm simplesmente menos opções que os adultos; elas têm menos probabilidades de serem capazes de sair de uma sala cheia de fumo, outras podem sentir-se menos à vontade para o fazer e outras podem não ter permissão para sair.

Consequências do fumo passivo
As crianças são as principais prejudicadas: o tabagismo passivo causa irritação dos olhos e das vias respiratórias, prejudica a função pulmonar, aumenta a gravidade das crises de asma, bronquites, gripes, faringites, sinusites, pneumonias e outros problemas respiratórios crónicos. Pode mesmo provocar asma em crianças saudáveis. A exposição ao fumo do tabaco aumenta, também, o número e duração de infecções do ouvido (otites), o que pode levar a alterações da audição. Leva ao desenvolvimento de cáries dentárias e de neoplasias, nomeadamente cancro pulmonar.

Esta exposição aumenta consideravelmente o risco de morte por Síndrome de Morte Súbita do Lactente, nome dado à morte súbita e inesperada de um bebé, com menos de um ano de vida, sem explicação da causa, mesmo após investigação apropriada. Esta síndrome está fortemente associada a uma exposição ao fumo do tabaco no útero ou durante os primeiros meses de vida.

Estas crianças podem apresentar dificuldades de aprendizagem e de concentração, o que leva a uma má performance escolar.

No futuro...
A exposição da criança a um ambiente de fumadores é um incentivo ao hábito de fumar. As crianças têm no adulto, principalmente nos pais, o seu ponto de referência para o desenvolvimento dos seus hábitos e atitudes.

Dos pais deve partir o melhor exemplo de vida, com qualidade e sem vícios prejudiciais à saúde. Assim sendo:
- Não permitem, que se fume, em vossas casas;

- Não fumem. Se forem fumadores, não o façam na presença dos vossos filhos, qualquer que seja o local, onde se encontrem;

- Não permitem, que as crianças mexam em objectos associados ao tabaco, como isqueiros, cinzeiros, bolsas de tabaco, maços de tabaco;

- Avisem os vossos filhos dos malefícios do tabaco.
Fonte: http://www.educare.pt/educare

 
 
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