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Aumenta a qualidade vida entre as pessoas com mais de 60 anos

Aumenta a qualidade vida entre as pessoas com mais de 60 anos
 
06 de Outubro de 2007
No final de setembro o Brasil comemorou a semana e o dia nacional do idoso. No começo do mês foi celebrado o Dia Internacional do Idoso, data que o Brasil deverá adotar a partir de 2008. Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população. O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população ativa. Em 1991, eles eram 2,4 milhões, em 2000, 3,6 milhões. A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas e a esperança de vida, a 70,3 anos. A imagem da velhice no país ainda é mais negativa que positiva. Mas está longe de ser apenas negativa, sobretudo na perspectiva da população idosa, que percebe tanto aspectos negativos quanto positivos em sua condição. Há consciência de que há um forte preconceito social contra a pessoa idosa, ao mesmo tempo em que os idosos avaliam que ser idoso hoje é melhor do que já foi ser “idoso ou idosa” na época em que eram mais jovens.


Pesquisa da Fundação Perseu Abramo traz a opinião de idosos, jovens e adultos sobre o tema

A percepção da chegada da velhice está associada principalmente a aspectos negativos, tanto entre 88% dos idosos, como entre os 90% não idosos. As doenças ou debilidades físicas são, para a maioria, o principal sinal de que a velhice chegou. Esta é a opinião espontânea de 62% dos não idosos e de 58% dos idosos. O desânimo, a perda da vontade de viver, também é fortemente percebido como sinal de que se ficou idoso, segundo 35% dos idosos e por 28% dos não idosos. A dependência física, é apontada como sinal de velhice por pouco mais de 25% dos entrevistados.


Perguntada como se sente com a idade que têm, a maioria da população idosa, 69% responde de forma positiva. A população que se diz sobretudo satisfeita ou feliz chega a 48%, com disposição para seus afazeres 29%. Os idosos com ânimo e vontade de viver muitos anos ainda chega a 27%. Referências negativas são citadas por 39%. Trinta e cinco por cento se queixam das debilidades físicas e as doenças próprias da idade. Se a velhice é preponderantemente negativa, mas a maior parte dos idosos sente-se bem, Daqueles que já passaram dos sessenta e ainda não chegaram aos 70, a maioria não se sente idosa. Só a partir dos 70 anos a maior parte dos idosos brasileiros sente-se como tal. Na média, sentem-se de fato idosos apenas 39% da população desta faixa etária e, 7% sentem-se idosos parcialmente, ou em certas circunstâncias. A sensação de velhice, plena ou parcial, é partilhada gradualmente com o aumento da idade: por apenas 31% dos que estão entre 60 e 64 anos, por pouco mais da metade daqueles que estão entre 70 e 74 anos e, atinge sete em cada dez idosos que estão com 80 anos ou mais. 28% afirmam que não se sentem idosos. A população idosa aponta, em média, os 70 anos e 7 meses como o momento da chegada à velhice, contra 68 anos e 11 meses apontados pelos adultos com idade entre 25 e 59 anos e 66 anos e 3 meses apontados pelos jovens entre 16 e 24 anos. Para 44% da população adulta não idosa prevalece a idéia de que há mais coisas ruins do que boas em ser idoso. Este percentual aumenta para 49% entre os jovens de 16 e 17 anos. 33% pensa o contrário: afirmam que têm mais coisas boas do que ruins em ser idoso, e 19% dizem que tanto têm coisas boas como coisas ruins. Já entre os idosos, a percepção de que há mais coisas ruins em ser idoso cai para 35%. Esta percepção muda só após os 70 anos, equilibrando-se com a taxa dos que avaliam que há mais coisas boas 33%, e cresce a avaliação de que ambas as coisas boas e ruins, estão presentes em cada faixa etária da vida. Os fatores negativos não são exclusividade da velhice, ela está presente inclusive entre os jovens.


O lado bom da vida

As melhores coisas de ser idoso estão relacionadas à experiência de vida, à sabedoria citadas espontaneamente por 21% dos idosos e por 34% dos não idosos, o tempo livre que os idosos dispõem para se dedicar ao que querem ou podem fazer, foi lembrado por 22%. Conta com proteção, carinho ou compreensão familiar 15% dos idosos com mais de 70 anos. Apenas 15% dos idosos disseram possuir independência econômica e financeira. Os direitos sociais relativos à idade foram lembrados por 12%. Entre os direitos mais lembrados estão a prioridades em fila, gratuidade em ônibus e descontos em eventos culturais. Já as piores coisas que viriam com a idade reproduzem alguns traços negativos da imagem da velhice, como as debilidades físicas e doenças, a dependência física, precisarem da ajuda dos outros, a perda de autonomia, mas destacam-se ainda a discriminação social contra a pessoa idosa que foi mencionada por 24% dos entrevistados e a falta de cuidado das famílias que chega a 16%.


Se os jovens entre 16 e 24 anos dividem-se entre os que consideram a situação dos idosos hoje no Brasil melhor do “que há 20 ou 30 anos”, a maioria dos idosos 56% avalia que é melhor ser idoso agora do que já foi antes para 30% a situação da pessoa idosa piorou.


O que melhorou

O principal argumento dos idosos que avaliam que a condição da pessoa idosa melhorou remete a alguns novos direitos destacando-se a conquista da aposentadoria, gratuidade nos transportes, a promulgação do Estatuto do Idoso e o atendimento preferencial em filas. Fizeram referência a melhorias na saúde como mais remédios, mais médicos e equipamentos, além das novas especialidades. e 9% citaram mais opções de lazer para os idosos.


O que piorou

Entre os aspectos que teriam piorado na vida dos idosos nos últimos tempos, a principal referência é a falta de respeito, sobretudo dos jovens e a questão da saúde, seja pela piora da qualidade do atendimento, seja pelas condições menos naturalistas da vida moderna. Para a maioria dos não idosos existe preconceito contra a velhice no Brasil. Pouco ou muito ela existe. Mas poucos brasileiros admitem serem preconceituosos em relação à velhice: apenas 4% dos não idosos. A maior parte da população 75% entre não idosos e 76% entre idosos, sabe citar traços negativos da imagem que os mais jovens têm dos idosos, enquanto apenas 19% dos idosos mencionam algum traço positivo como componente dessa imagem. Os mais jovens veriam os idosos como incapazes ou inúteis opinião espontânea de 31% dos idosos, como ultrapassados 9% e desinformados 10%, com desprezo 29%, desrespeito (24% e como passíveis de sofrerem ou maltratos 13%. Diante de frases do senso comum sobre a velhice, obtém consenso quase absoluto a idéia que os idosos têm muita coisa para ensinar. Opinião de 94%. Dos idosos entrevistados, 86% afirmam que envelhecer é um privilégio


Sobre a idéia de que a velhice é uma doença

A idéia que velhice é o mesmo que doença tem a discordância da grande maioria, enquanto esta é a opinião de 68% dos não idosos, apenas 27% dos idosos concordam com idéia. A idéia da maioria dos jovens e não idosos afirmam que os idosos só vivem do passado, que dependem dos outros para tudo e que as pessoas idosas não conseguem acompanhar as mudanças do mundo moderno. Cinqüenta e sete por cento dos idosos afirmam que sentem necessidade de namorar e carinho dos parceiros. Decrescente também à medida que vão envelhecendo, Na população de idosas acima de 70 anos e entre os homens acima de 80 anos, apenas 44% concordam que o desejo sexual desaparece com a idade

Os sentimentos que mais marcam a população idosa

De uma lista com 15 sentimentos sugeridos, os idosos apontaram dentre os mais freqüentes em suas vidas a saudade do passado 46%, alegria/felicidade 42%. Os idosos destacaram ainda a calma/tranqüilidade 25%, cansaço 23%, companheirismo e disposição 22% , tristeza e solidão Os não idosos, por sua vez, apresentam o dobro da taxa dos idosos para o sentimento de motivação/interesse. 27%. Os idosos que disserem ser impacientes e irritados chega apenas a 13%.


E diante de uma lista com 12 valores e atitudes propostos, os idosos indicaram como os mais importantes a responsabilidade 46%, sabedoria e alegria 44%, amizades 35% e religiosidade 34%, solidariedade 24% e respeito às diferenças 18%.
 
Fontes: www.adjorisc.com.br
Elias Teixeira

 
 
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