Há quem
diga que a preocupação com a aparência faz parte da cultura brasileira; no
entanto, o que vemos, hoje, são exageros e até doenças causadas pela busca
desenfreada de uma “forma ideal” para o corpo. Jovens que encontram nas
novelas, revistas e desfiles de moda a sua referência de “corpo perfeito”.
A cada
ano, milhares de pessoas – em sua maioria jovens garotas – são acometidas por doenças
como anorexia e bulimia, frutos de uma busca doentia por um corpo “esbelto”.
Não basta muito conhecimento para constatarmos que o grande objetivo dessas
meninas está ligado ao fato de almejarem não só o mesmo corpo de modelos
famosas, mas também a atenção e o status com que a mídia as enche.
Foto ilustrativa: Champja by Getty Images
Geralmente,
o apelo de boa forma está ligado ao conceito de felicidade. Basta passarmos um olhar mais crítico sobre os
ídolos e artistas da atualidade que, na sua maioria, estão relacionados à
beleza do corpo, dinheiro e “felicidade”. O jovem passa a ser atraído não só
pela busca de um corpo perfeito, mas, sobretudo, pelas vantagens que ele terá
com este status, como tem o seu ídolo.
Assim, a não realização desse
padrão o leva, muitas vezes, à depressão e à desilusão consigo, como alguém que
não atingiu a sua meta e, por isso, não é feliz.
A
influência da mídia na insatisfação com o corpo
Por outro lado, a mídia também
desenvolve um papel fundamental neste contexto, já que age atualmente como a
grande educadora da juventude. A mídia atua como a nova criadora do valor, ela
apresenta o modelo de homem e de mulher através dos meios de comunicação.
Hoje, os programas de televisão,
desde um telejornal, passando por programas esportivos e propagandas, estão
repletos de apelos pela “boa forma”. Mulheres e homens “sarados” e “bombados”
são os principais protagonistas das propagandas de televisão, revistas e
outdoors, exibindo seus corpos desejáveis e intocáveis.
O
cuidado com o corpo não é algo somente cultural de nossos povos. Hoje, muito
mais do que algo de nossas raízes, a busca exagerada pela boa forma, faz-se
muito mais por influências externas como a mídia. Na verdade, estamos como
“reféns” de uma apologia cruel e implacável pela busca do corpo perfeito,
apologia essa que nos promete uma felicidade pelo que representamos ser e não
pelo que somos de fato.
Fonte:
Canção Nova