Cercada por montanhas, Natividade da Serra sempre foi marcada pela
hospitalidade do seu povo e pela simplicidade da cultura caipira.Â
Apesar de nova (a cidade foi reconstruÃda na década após a inundação da
cidade velha para construção da represa de Paraibuna), as famÃlias
guardam as tradições de antepassados, seja no artesanato, na religião ou
na culinária.

Â
No Centro Cultural, a comunidade local mostra
objetos que resgatam a cultura, arte e folclore regional, além de ser
palco de várias festividades e atividades culturais. Artesãos trabalham
com madeira, bambu, taquara (planta tÃpica da Mata Atlântica) e cipó.
Cestos, balaios, peneiras, canoas, pilões e outros pequenos objetos de
decoração são produzidos e vendidos pelos habitantes da região.
Na
religião, os pontos turÃsticos se concentram na Paróquia Nossa Senhora
da Natividade, que leva o nome da padroeira do municÃpio, e o Cruzeiro
da Natividade, inaugurado na década de 70 durante uma missa campal e
localizado em um dos pontos mais altos da cidade. Lá, também está o
Mirante, onde é possÃvel observar as belas montanhas e todo o entorno da
Represa de Paraibuna.
A represa é a maior atração turÃstica,
com opções de esportes náuticos e pesca livre. Além disso, é oferecido
um passeio de balsa atravessando a represa e parando em três pontos de
embarque, entre eles, a Prainha de Natividade, que concentra a população
e turistas em momentos de lazer. Através da bela paisagem, ainda há
duas opções de travessia em balsas que levam turistas e moradores aos
municÃpios de Caraguatatuba e São LuÃs do Paraitinga.
E como toda boa cultura caipira, a cozinha é a porta de entrada.
Comidas tÃpicas podem (e devem!) ser conferidas nos restaurantes e
pequenas pousadas da cidade. Entre eles estão: canja de pescaria, arroz
caipira, tucunaré frito (peixe tÃpico da região), tilápia frita, paçoca,
rapadura e a pinga com mel ou com Cambuci.
Fonte: Portal do Governo de SP
A data mais antiga documentando a origem de Natividade da Serra
é 29 de maio de 1853, quando seu fundador Coronel José Lopes Figueira
de Toledo perseguindo um escravo foragido de uma das suas senzalas
acabou por se esconder em uma bela planÃcie à s margens de um rio rodeada
de montanhas. A fuga do escravo da fazenda do Coronel situada no que
hoje è chamado de bairro das Perobas, inspirou-o a transferir sua
fazenda e seus empregados para lá devido a beleza do lugar. Logo a
fazenda se transformou num vilarejo, chamado de Divino EspÃrito Santo de
Nossa Senhora do Rio do Peixe, nome atribuÃdo a religiosidade do
Coronel e ao rio que passava as margens do vilarejo, num território
outrora pertencente a Paraibuna.
Em 24 de abril de 1858 foi elevada à categoria de
Freguesia, sendo chamada de Nossa Senhora do Rio do Peixe. Mais tarde,
em 18 de abril de 1863 foi incorporado à Freguesia um outro vilarejo que
se formava conhecido como povoado de Nossa Senhora da Conceição e que
hoje é o Bairro Alto. Com isso a Freguesia passou a categoria de Vila
com o nome de Natividade e tendo como principal atividade econômica a
pecuária e a agricultura de subsistência.
Em 3 de julho de 1934, passou a condição de distrito de paz
e em 5 de julho de 1935 voltou a anexar-se ao MunicÃpio de Paraibuna. O
municÃpio foi instalado em 1864 e reinstalado em 1935. Em 30 de
novembro de 1944, recebeu o nome definitivo de Natividade da Serra, nome
originário da Padroeira da cidade, Nossa Senhora da Natividade e,
também devido a sua situação geográfica entre os contrafortes da Serra
do Mar.
No inÃcio do século XX, com a vinda da industrialização
para o Vale do ParaÃba, Félix Guisard em 1913, havia planos iniciais que
previam a construção de uma usina hidrelétrica em Natividade da Serra,
para suprir o abastecimento de energia elétrica na região aproveitando
as corredeiras do rio Paraitinga num local conhecido como Ponte dos
Mineiros. Porém, o inÃcio da Primeira Guerra Mundial em 1914 impediu o
embarque dos maquinários e geradores para o Brasil anulando assim o
projeto.
Passados 120 anos de sua existência, Natividade da Serra,
sofreu uma enorme transformação e foi translada para um novo local, Ã
aproximadamente um quilômetro adiante na rodovia que liga a cidade Ã
Taubaté. Esta mudança foi em consequência do represamento do rio
Paraibuna, rio Lourenço Velho, rio do Peixe e rio Paraitinga, para a
construção da Usina Hidrelétrica de Paraibuna formando a represa da
Companhia Energética de São Paulo (CESP) devido uma necessidade de
atendimento sócio-econômico regional.
O estado procedeu com à construção da Represa de Paraibuna,
inundando quase 200% da área e das edificações da sede e parte da área
rural. Na zona rural, o represamento das águas afetou as terras férteis,
eliminando grande parte da agricultura de subsistência.
Com
construção da barragem de Paraibuna, ocorreu a inundação da cidade
antiga, surgindo a nova Natividade da Serra fundada 13 de agosto de 1973
com o lançamento da pedra fundamental feita pelo então prefeito
OtacÃlio Fernandes da Silva, Padre Higino e Terezinha de Castro Aquino,
no local onde se ergue a igreja matriz da cidade.
O fenômeno da industrialização da "Calha do Vale" (Taubaté,
Pindamonhangaba e Tremembé) e a inundação de algumas áreas do
municÃpio, contribuÃram para a emigração de parte da população. Para
minimizar os prejuÃzos ocasionados pela inundação eliminando suas terras
férteis, os produtores rurais investiram em grande escala, na plantação
de eucaliptos.
Fonte:Â www.natividadedaserra.sp.gov.br